terça-feira, 30 de junho de 2015

Uns/umas Desavergonhados/as !!....

Mão amiga fez-nos chegar mais esta... Será o que nos resta: o direito (?) à indignação...

(A propósito de declarações da srª ministra das finanças há uns tempos, sobre a sustentabilidade da segurança social:  

UMA VERGONHA...
                                                                                                    
Vergonha e escândalo, estes miseráveis que mendigam o voto, não para defender os cidadãos, mas para se banquetearem ao máximo com o dinheiro público. Deviam pintar a cara de negro e evitar aparecer perante os portugueses, suas vítimas.
                                                                                            
 
INDECOROSO??

Especialmente dedicada aos "ministros" Poiares  Maduro e Maria Luís Albuquerque pelas suas "brilhantes" declarações proferidas acerca da sustentabilidade das reformas...
VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 40 ou mais anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
 VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS…e reformarem-se com 100% enquanto os trabalhadores se reformam na base de 80%...
  
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
  
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
  
VERGONHA é que s. exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
  
VERGONHA é s. exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
  
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Sociedade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
  
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Carlos Gil, na galeria dos heróis nacionais....

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Mão amiga fez-nos chegar o comentário e a foto em baixo, a propósito de um jovem comendador da Ordem do Infante, condecorado no passado 10 de Junho....
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Aqui ao ti Zé só lhe ocorreu perguntar: mas porque não também uma Comenda para o Jardineiro?  para o Motorista? para o Cozinheiro? e outros demais dedicados servidores da Ilustre Casa de Belém (e parece que tem muitos!....).

Enfim, a Tugalândia no seu melhor!...

"Julgava eu que a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, era atribuída a quem tivesse prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores. Este senhor, contra o qual nada tenho, é o costureiro da D. Maria Cavaco Silva... e Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique". 

 Carlos Gil, Grande-Oficial, junto ao símbolo pátrio 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tugalândia ausente numa Exposição estratégica em Milão - denuncia Ferreira Fernandes:

Mão amiga fez-nos chegar um recorte de um artigo de opinião do jornalista Ferreira Fernandes, Redactor Principal do Diário de Notícias, que abaixo transcrevemos.  - É de arrazo!  Na verdade os governantes tugas preferem apoiar um cacilheiro com umas pindériquices de uma girl, que passa aí, pelas galerias da Lísbia, por ser uma grande artista, com uns mega-sapatos feitos de tachos, dizíamos, preferem apoiar essas outras digressões a Itália, com pompa e circunstância, do q apostar antes neste isco, leia-se "merenda", q e' como melhor se pesca o estranja....
Falta de visão mesmo!
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 «A Expo 2015, em Milão, é dedicada às arrecadas de ouro de Viana do Castelo, ao cavaquinho e ao Licor Beirão. Já é surpreendente que o quase centenário Gabinete Internacional de Exposições tenha decidido fazer uma Exposição Universal com assuntos tão portugueses. Mas o mais extraordinário é que o apelo pelos valores lusos acabou por ser acolhido por 142 países. Dão-se conta ? O pavilhão das Seychelles a mostrar renda de bilros, o da República Islâmica do Irão a distribuir cálices de ginjinha e no dia da Finlândia vai ouvir-se um lapão a cantar o fado... Grande Portugal, quanto das tuas coisas típicas é orgulho universal!

Eu minto, mas só um pouco. O interesse da Expo 2015 não é pelas pequeninas coisas avulsas portuguesas. Não é por Belém (o pastel), é pelo fantástico que Belém (a Torre) significa na História Universal. A minha pequena mentira do primeiro parágrafo esconde a verdade grandiosa da Expo de Milão: ali se saúda (e é esse o seu lema) "a alimentação no mundo", isto é, as coisas de comer passeando por aí. E que é isso senão Portugal ? O daqui para ali da cana-de-açúcar e do abacateiro, a história do viajante amendoim, o milho turista, o cacaueiro que partiu e a pimenteira que chegou, a peregrina palmeira de dendém e o excursionista café... Não, não foi Portugal que os inventou, mas foi Portugal que os apresentou ao mundo.
Porém, nesse lugar - Milão, hoje - onde o mundo glorifica a comida, Portugal não está presente. Não tem pavilhão, nem banca, nem um simples papelinho distribuído à entrada: "Olá, vocês não se lembram, mas já nos conhecemos. Foi Portugal que vos apresentou a/o [e aí o folheto diria o nome dum tubérculo, dum fruto, dum cereal]..." Aos brasileiros deu o café para conversar; à China e à Índia, a batata; e vindo dos Andes, o chili pepper, o jindungo que, passando pelo Brasil, deu sentido às sopas tailandesas e coreanas. Reparem, nem falo da paprica húngara - só reivindico as entregas diretas. A Budapeste, o picante só chegou depois de passar pela Turquia, trazido da Índia, onde, em Goa, os portugueses tinham metido o jindungo no vindaloo. Leiam alto e descubram a origem da palavra: "vinha-d"alho"... O vindaloo encontrei-o, também deturpado, em Trindade e Tobago e no Havai.
Em 1972, o americano Alfred W. Crosby publicou The Columbian Exchange (A Troca Colombiana), sobre uma mudança-chave da história, quando o Velho Mundo se encontrou com as Américas. Nesses anos, 1492, com Colombo, e 1500, com Pedro Álvares Cabral, o planeta começou a ser pintado redondo. Global, como hoje se diz. No maravilhoso A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses, de 1992, José Mendes Ferrão explicou essa contribuição portuguesa. O mais comum prato angolano, o funje, é acompanhado por fuba de milho ou por fuba de mandioca. O milho e a mandioca vieram do Brasil. E não se espalharam só pelas antigas colónias portuguesas, são as duas farinhas mais comidas em toda a África. O molho desses pratos é feito com óleo de palma, do coconote, que foi levado pelos portugueses da Índia (Goa) e Sudeste da Ásia (Malaca) para África e Brasil. Quem come moqueca em Salvador da Bahia, saboreia Goa, sem que a agência portuguesa de viagens cobre taxas. No Nordeste brasileiro, chama canjica ao mingau de milho, ou munguzá, se for sem tempero e sal. Os nomes vêm do quimbundo angolano, kanjika e mukunza. Quer dizer, a viagem das plantas não foi feita calada, uniu povos, para lá do palato.
A cana-de-açúcar tem origem na Índia e chegou a Pernambuco, o café é da Arábia e chegou a São Paulo. "E quem levou ?", perguntaria o folheto que devíamos levar a Milão, já que não temos pavilhão. Os portugueses conhecem o ananás desde 1500, do Brasil. Levaram-no para estações de aclimatação, para os Açores, para o tornar de outro mundo (como levaram o cacau para São Tomé). Durante décadas, o Havai foi o maior produtor de mundial de ananás, mas só o começou a produzir em 1886, oito anos após o Reino do Havai, graças a um acordo de emigração com Portugal, já ter camponeses de São Miguel, Açores...O pavilhão da Santa Sé, na Expo 2015, diz que a comida é também assunto de rituais e símbolos. Claro. E os portugueses foram apóstolos do valor sagrado do pão, espalharam-lhe a palavra e os sabores. O governo português diz que não temos pavilhão porque não temos dinheiro. É falso. Não estamos lá porque quem decidiu é pobre de espírito. Não merece Portugal.»
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